domingo, 2 de março de 2008

A definição de um clube

«Queremos fazer melhor que os outros. Estamos sempre a compararmo-nos ao grande rival Benfica. Dizem que têm seis milhões de adeptos e mais de 150.000 adeptos. Vamos, com este cartão, mostrar que somos os mais fiéis e vamos ser mais que 150.000 sócios», referiu Soares Franco. Para o líder do Sporting, «este cartão é melhor do que o que o Benfica lançou», mas «também não era de esperar que fosse pior».

O texto anterior, retirado de uma notícia do Diário Digital publicada na 2ª feira, serve aqui para lançar este tema: um clube existe por si, ou por oposição aos outros?

O Benfica orgulha-se de ser o maior clube de Portugal: aquele que tem mais sócios, mais adeptos, mais conquistas, tendo conquistado também muitos inimigos. Dizia um amigo meu recentemente que é sportinguista porque é anti-benfiquista. Não conseguirão os adeptos da equipa de Alvalade competir olhando em frente, e não apenas para onde estão os vizinhos benfiquistas?

Esta dúvida voltou a surgir-me depois do encontro para a Taça que opôs o Sporting ao Estrela da Amadora. Depois de 90 minutos em que a defesa da Amadora aguentou o ataque sportinguista, uma assistência de Moreno deu a Purovic o golo que garantiu a passagem dos de Alvalade às meias-finais. Ora, nos três minutos finais, as claques decidiram recompensar os jogadores do Sporting com três cânticos anti-benfiquistas, sendo que o Benfica já tinha também garantido essa presença uma hora antes. Não é que esse pormenor tenha grande importância: é como se o Sporting estivesse sempre a jogar contra o Benfica, porque os adeptos não parecem ver outra côr nas camisolas adversárias a não ser o vermelho.



Deixo aqui uma sugestão que ajudaria a melhorar as finanças de muitos clubes por este país fora: as claques sportinguistas poderiam, de modo a adequar os seus cânticos ao jogo, assistir sempre aos jogos do Benfica. Aposto que os jogadores do Sporting também apoiariam esta medida...

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