Chamem-lhe verdade desportiva ou outra coisa qualquer (por favor, não nos confundam com o Rui Santos), mas há coisas que podem e devem ser mudadas, para benefício de todos os que gostam de futebol, e sem prejuízo de qualquer interveniente. Uma vez vi o árbitro Pedro Henriques na televisão a dar o exemplo de um fora-de-jogo (sendo mal assinalado, e comprovando a seguir esse erro, como se retomaria a jogada?) para mostrar que isto de introduzir tecnologias no futebol não é assim tão simples. É, para algumas situações de jogo.
O Brasil venceu o Egipto por 4-3 na 1ª jornada da Taça das Confederações, com o golo decisivo a surgir de um penálti assinalado depois de um jogador egípcio ter jogado a bola com a mão em cima da linha de golo. O árbitro não viu a infracção, assinalou canto, mas terá recebido uma informação do 4º árbitro (depois de este ter visto as imagens da televisão), que o levou a alterar a decisão. Perguntam os egípcios: "Desde quando é que os regulamentos dizem que um penálti pode ser atribuído baseado nas imagens da televisão?" Por mim, desde agora. Se há situação em que não deveria haver discussão possível, é esta. A bola está fora de campo, a repetição é instantânea, era uma jogada de golo iminente que decidia o jogo, e não se altera a decisão porque as regras não o dizem, beneficiando o infractor? Espero que se crie aqui um precedente: não precisamos de uma revolução das novas tecnologias no futebol, mas sim de uma evolução. Houve tempos em que as balizas não tinham trave, não havia árbitros, e não foi assim há tantos anos que foi introduzida a figura do suplente. Vamos mudando à medida que vamos encontrando defeitos naquilo que fazemos, e não há lógica do "sempre se fez assim, para quê mudar agora?" que resista muito tempo.
Confusões à parte, ontem já se viu bola a sério, ao contrário da véspera: ficam aqui os resumos deste jogo e do Itália 3-1 EUA, em que a Itália esteve a perder, mas contou com um inspirado Giuseppe Rossi, autor de dois golos, para a reviravolta.
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