sábado, 3 de janeiro de 2009

Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.

Esta podia bem ser a punch line para a época do Botafogo. 2008 teve de tudo. Desde danças de treinadores (3 num ano, um deles durou 6 semanas) a casos de indisciplina (André Luíz, central que passou pelo Benfica, conseguiu a proeza de ser preso em campo), passando por insucessos desportivos (num ano que prometia muito, o Bota falhou em tudo [Carioca, Brasileirão, Copa do Brasil...] e o melhor que conseguiu foi apurar-se para o Copa Sulamericana, o que nem é difícil, já que em 20 equipas até o 14º classificado se qualificou), e instabilidade directiva (o presidente demitiu-se 2 vezes, mas a primeira foi só para ameaçar). Para terminar o ano velho em grande, e começar o novo ainda melhor, o Botafogo vê-se a braços com uma crise de liquidez. 3 meses de ordenados em atraso justificam a saída de nada menos de 10 jogadores, alguns dos quais titulares e estrelas da equipa, que acabam por reforçar rivais e candidatos ao título. Wellington Paulista vai para o Cruzeiro, Diguinho para o Fluminense, Jorge Henrique e Túlio para o Corinthians, Triguinho e Lúcio Flávio (o capitão) para o Santos. Para compensar estas saídas, o Bota já vai em outros tantos reforços, entre os quais 4 jogadores emprestados pelo Cruzeiro (onde se inclui Weldon, avançado que já passou pelo Belenenses), num negócio que já é conhecido pelo "Pacotão do Mineirão", além de outros jogadores oriundos desses portentos do futebol mundial, como o Avaí, ABC, Goiás e JEF United.

Só espero estar a ser pessimista, e daqui a um ano estar a escrever sobre o ano fantástico do Glorioso.

Ficam aqui duas pérolas do ano, ambas protagonizadas por André Luíz (entretanto dispensado).





Resta dizer que o presidente do Botafogo em 2008, foi apresentado como director desportivo no Atlético Mineiro. Esperemos que não seja um "galo" para o Galo.

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