A RTP decidiu mudar a apresentação do seu canal de notícias, com novos nomes para os blocos e um grafismo renovado, aproveitando a contratação de João Adelino Faria, resgatado ao Rádio Clube Português. Mas todos sabemos que, normalmente, quando se aplica muita maquilhagem, é porque se está a tentar esconder o que está por baixo.
No noticiário das 19h00 de hoje, o repórter estacionado à porta do Estádio da Luz, sem objecto de reportagem, tentava atirar o seu conhecimento para a câmara, com a clarividência que só alguém muito próximo do local do jogo pode ter. E ao apresentar a equipa do Nápoles fala de «Cannavaro, irmão de Cannavaro». Fiquei esclarecido.
Antes disso, já a apresentadora de serviço dizia que o "Herenveen" (assim se podia ler no ecrã) ganhava por 3-0 ao Vitória de Setúbal, «depois do 1-1 na 1ª parte».
O Benfica lá se safou, com Reyes a marcar o golo decisivo pelo 2º jogo consecutivo.
Em relação ao Vitória de Setúbal, lembro aquilo que A Bola disse na altura do sorteio, dizendo que a equipa de Daúto Faquirá, e também o Sp.Braga, tinham tido mais sorte que os outros cinco clubes portugueses nas competições europeias. Se pensássemos que há dois anos, numa eliminatória em tudo igual, o Vitória tinha empatado em casa e perdido por três em Heerenveen, não se via onde estava a sorte. Pois bem, para quem diz que a história não se repete, aí fica a realidade nua e crua: depois do empate em casa, uma derrota por 5-2 fora deixa os sadinos concentrados apenas nas competições nacionais.
Por outro lado, o Sporting Braga demonstrou que existem seis golos de diferença (em dois jogos) entre um clube português a lutar pela Taça UEFA e o campeão eslovaco.
O Marítimo esteve a viver o milagre da eliminatória empatada durante 37 minutos, até que Del Horno empatou a doze minutos do fim. David Villa fechou as contas à Messi, com um golo de penálti muito depois da hora.
Cajuda previu que iria ganhar a eliminatória no desempate por penalties. Chegou ao prolongamento, mas Peter Crouch colocou a eliminatória para lá do alcance dos vitorianos.
Benfica 2-0 Nápoles (total: 4-3)
Heerenveen 5-2 V.Setúbal (total: 6-3)
Artmedia 0-2 Sp.Braga (total: 0-6)
Valência 2-1 Marítimo (total: 3-1)
V.Guimarães 2-2 a.p. Portsmouth (total: 2-4)
Pelo resto da Europa, grande destaque para a eliminação do Besiktas, que depois de vencer 1-0 em casa, perdeu 4-1 em casa do Metalist Kharkiv, actual 3º classificado do campeonato ucraniano, naquela que é apenas a terceira presença do clube nas competições europeias.
E não podíamos deixar de destacar o fim da aventura romena de José Peseiro. Aquando da sua chegada a Bucareste, o antigo treinador do Sporting disse que o seu objectivo para esta época era ganhar tudo com o Rapid, incluindo a Taça UEFA. Quatro vitórias nos cinco primeiros jogos proporcionaram um início auspicioso, mas as três derrotas que se seguiram, o 11º lugar no campeonato (a nove pontos do rival Dínamo, em 1º) e a eliminação da Taça UEFA (com o Wolfsburgo, 1-2 no total), não lhe permitiram chegar sequer ao Natal. Depois de já ter andado pela Arábia Saudita e pela Grécia, prevejo que o seu futuro próximo passe por um clube marroquino ou por uma selecção das Caraíbas.
Outros resultados:
Wisla Cracóvia 1-1 Tottenham (2-3)
Unirea 0-2 Hamburgo (0-2)
Schalke 04 1-1 APOEL Nicósia (5-2)
Honka Espoo 0-1 Racing Santander (0-2)
Vaslui 1-1 Slavia Praga (1-1)
St.Liège 2-1 Everton (4-3)
Dep.Corunha 2-0 Brann (2-2, 3-2 a.g.p.)
Twente 1-0 Rennes (2-2)
Sparta Praga 3-3 Dínamo Zagreb (3-3)
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