segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Borges, futebol, e o Gre-Nal

«Jorge Luis Borges, escritor argentino que não dava a mínima para futebol, certa feita criou o conceito de Aleph. É, nos delírios dele, um pequeno ponto luminoso que, na prática, é o mundo todo. Nele, se vê tudo que acontece (e que já aconteceu): cada episódio ao mesmo tempo, sem limites de tempo e espaço, como a explosão de uma memória infinita. É o extremo oposto de um dia de Gre-Nal. Pelas paredes do estádio que recebe um clássico gaúcho, não passam lembranças, não interessa o passado – ninguém tem família, emprego, problemas. É tudo futebol. É tudo agora.»



«Em um estado onde o futebol é muito mais do que um jogo de bola, onde sujeitos correndo de vermelho ou de azul formam a identidade cultural de um povo, há duas tatuagens na pele de boa parte dos habitantes: o clássico Gre-Nal e a Libertadores da América. Experimente juntar as duas coisas. Tente imaginar o que seria vencer um Gre-Nal e, por causa dele, ir para a Libertadores da América. Ou pergunte a um colorado. Ele saberá responder o que representa a junção dos sentimentos, porque o Inter, com vitória de 1 a 0 sobre o Grêmio neste domingo, no Beira-Rio, garantiu presença na edição de 2012 da maior disputa do continente – aquela mesma que vermelhos e azuis ganharam duas vezes cada.»

do globoesporte

Sem comentários: