terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O grande circo americano

O Super Bowl XLIV jogou-se na última noite de Domingo e bateu o recorde de programa mais visto de sempre na televisão americana: uns estimados 106,5 milhões de espectadores de audiência média, batendo assim, não o Super Bowl de há um ano, mas o último episódio da série M*A*S*H, que detinha essa marca desde 1983. Pode parecer estranho, mas é um facto facilmente explicado pelo facto de que, nessa altura, o universo televisivo era muito mais reduzido, levando a que as audiências não se dispersassem como hoje em dia.



Para além de todos os atractivos que este jogo reúne, esta foi a primeira vez em vários anos que chegaram à final as duas melhores equipas da fase regular, que caminharam invencíveis até assegurar esse estatuto. Dum lado, os Indianapolis Colts, 5 vezes vencedores do Super Bowl, e o seu quarterback Peyton Manning, a quem se quer atribuir o estatuto de melhor jogador de sempre na sua posição, talvez faltando apenas conquistar um 2º título de campeão. Do outro, os New Orleans Saints, marcados por uma história de insucessos: não só nunca tinham sido campeões, como nunca tinham estado presentes numa final, um "feito" apenas partilhado por outras quatro equipas. Também por isto, mas principalmente porque esta foi uma equipa duramente afectada pela passagem do furacão Katrina pela sua cidade, os Saints chegaram ao seu primeiro Super Bowl como "underdogs". Não parecia haver um cenário em que Peyton Manning e os seus "receivers" pudessem ser parados e fazer menos pontos que os adversários naquele jogo. Mas foram.



E o homem que vemos aqui em cima, Drew Brees, o quarterback dos Saints, foi eleito o homem do jogo. Também ele teve de reconstruir a sua carreira, depois de ser ultrapassado por Philip Rivers nos San Diego Chargers. Mas a aposta nos Saints, e a aposta destes em Brees, foi bem sucedida. Esta vitória (31-17) teve também muito do treinador Sean Payton, que fez escolhas arriscadas no Domingo, mas parecia mesmo que este título estava destinado a New Orleans e a todos os seus incansáveis fãs.

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