domingo, 12 de julho de 2009

De Chisinau a Kokshetau ainda são 3.000km

Esta semana jogou-se a segunda mão da 1ª pré-eliminatória da nova Liga Europa, com algumas surpresas e outras certezas:

- Okzhetpes (Cazaquistão) (2) 0-2 (3) Zimbru Chisinau (Moldávia)
O Paços de Ferreira já via a vida a andar para trás. A vitória por 2-1 do Okzhetpes em Chisinau na primeira mão, fazia antever uma longa viagem de 12.000 quilómetros (6.000 para cada lado) para se jogar um lugar na 3ª ronda. Mas o Zimbru não estava para brincadeiras, e reduziu a distância para metade. Com 2 golos em 3 minutos no início do jogo, deram a volta à eliminatória, e ganharam uma viagem aos antípodas europeus. Autênticos Globetrotters.

- Llaneli (País de Gales) (1) 0-3 (3) Motherwell (Escócia)
Há uma semana o Llaneli havia sido notícia, pelo facto de ter vencido um primodivisionário escocês, em casa alheia, e era a grande surpresa. Mas o orgulho ferido do Motherwell deve ter pesado, e com o claro 3-0 em terras galesas, os escoceses mostraram que a derrota fora apenas um precalço. Próxima paragem: Albânia e o Flamurtari Vlorë.

- Zestafoni (Geórgia) (11) 6-0 (1) Lisburn (Irlanda do Norte)
O Zestafoni volta a merecer destaque. Duas goleadas, e um total de 11-1 com que cilindraram os norte-irlandeses do Lisburn, e conquistaram a curiosidade de ver o que acontece com os suecos do Helsinborg, agora que as coisas começam a ser mais a sério.

Com os sorteios das 1ª e 2ª pré-eliminatórias realizados em simultâneo, aqui ficam alguns jogos que merecem destaque.

- Zestafoni (Geórgia) - Helsingborg (Suécia)
A máquina georgiana de fazer golos começa a entrar no mundo dos "grandes". Aqui se vai ver se foi só um acaso, ou se há material para surpresas.

- Zimbru Chisinau (Moldávia) - Paços de Ferreira (Portugal)
A primeira equipa portuguesa a entrar em prova viu a distância a percorrer (e as despesas) para jogar à bola, reduzida a metade. Mas isso não quer dizer que a coisa fique mais fácil.

- Rosenborg (Noruega) - Qarabag (Arménia)
Em ano de penitência europeia (onde só aparece graças ao fair-play), o Rosenborg vem de uma curta viagem às Ilhas Feroe, para uma mais longa até à Arménia. E isto ainda vai no início. É longo o caminho para a redenção.

- Steaua (Roménia) - Ujpest (Hungria)
Este será talvez o embate mais equilibrado. Os dois históricos da europa central deverão proporcionar a eliminatória mais interessante.

- Tobol (Cazaquistão) - Galatasaray (Turquia)
Os turcos serão, talvez, o maior nome nesta ronda. E a tarefa nem deverá ser difícil, mas todos os jogos contam, se quiserem repetir o feito de há 10 anos atrás.

- Rudar Velenje (Eslovénia) - Estrela Vermelha (Sérvia)
Mais do que envolver outro histórico europeu (que em tudo fica a dever à mítica equipa de 91), este é um encontro de ex-compatriotas. Embora há quem diga que as camisolas pesam, a verdade é que nomes não ganham jogos. E o Estrela Vermelha tem que fazer pela vida, já que pela frente têm uma equipa em ascenção meteórica. Quando, em Maio de 2007, o Rudar garantia a permanência na 2ª divisão eslovena, no último jogo do campeonato, ninguém imaginaria que 2 anos depois estariam aqui. Mas desde então foi sempre a subir. Campeões da 2ª divisão no ano seguinte, e 3º lugar no ano de regresso ao campeonato principal.

- Aalborg (Dinamarca) - Slavija (Bósnia-Herzegovina)
Em prova por ter sido derrotado na final da taça dinamarquesa (à semelhança do Paços de Ferreira), o Aalborg tem que provar que a participação na Liga dos Campeões no último ano não foi mero acaso.

Sem comentários: