quinta-feira, 14 de junho de 2012

dos italianos e da viciação de resultados



Lembram-se deste jogo aqui em cima? Na última jornada da fase de grupos do Euro 2004, os vizinhos suecos e dinamarqueses defrontavam-se após terem, nas jornadas anteriores, derrotado a Bulgária e empatado com a Itália. Como o desempate em caso de igualdade pontual era (e é) feito através dos resultados entre as equipas empatadas, todos sabiam que um empate a dois (ou mais) golos dava a passagem a ambas as selecções (já que com os italianos os empates tinham sido a zero e a um).

Com um 2-1 a favor da Dinamarca, ao minuto 89 a bola escapa das mãos do guarda-redes dinamarquês (Thomas Sørensen), para que Mattias Jonson possa fazer o golo que deixou todos contentes. Todos menos os italianos, para quem a vitória sobre a Bulgária de nada serviu.

Hoje, no final do Espanha - Rep.Irlanda, Pedro Ribeiro nos comentários da TVI dava à Espanha a quase qualificação, e à Itália vantagem sobre a Croácia na luta pelo 2º lugar.

Bem sei que espanhóis e croatas não são propriamente irmãos fraternos como os escandinavos aqui em cima, e que hoje com 4-0 no resultado, ainda se viam David Silva e Fàbregas a carregar em busca de mais, mas a esta hora aposto muito mais num 2-2 calculista que apura Espanha e Croácia, que numa manchete gloriosa do Gazzetta dello Sport na 3ª feira.

Não é já hora de pôr a diferença de golos em todos os jogos como primeiro critério de desempate?

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