quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nervoso miudinho

Hoje era uma jornada crucial para muitas selecções nacionais, a caminho do África do Sul 2010, mas no momento da decisão, há quem não se aguente nas pernas.

Veja-se a Croácia, que no apuramento anterior fez a desfeita de deixar a Inglaterra de fora do Europeu, com uma humilhante (para os da casa) vitória em Wembley que entregou a qualificação aos russos. Hoje, a equipa agora treinada por Fabio Capello entrou no mesmo cenário com vitórias em todos os sete jogos disputados na qualificação, e preparada para a vingança final: os croatas não resistiram, perderam 5-1 e colocaram-se a jeito para ser ultrapassados pela Ucrânia na recta final da qualificação.



A Hungria entrou em Setembro com tudo para garantir, pelo menos, um lugar no play-off: iam receber portugueses e suecos e tinham quatro pontos de avanço sobre ambos. Duas vitórias arrumavam o assunto, dois empates obrigavam os outros a correr: mas o que obtiveram foi duas derrotas, mercê de um golo de ressalto de Zlatan no último minuto, e de um golo de Pepe. Ainda há esperança, mas precisam de ir buscar pontos a Portugal e à Dinamarca, nas últimas jornadas.



A Espanha só hoje marcou oficialmente a viagem para a África do Sul, mas já há muito que se sabia que os campeões europeus lá estariam: o 3-0 à Estónia deixa-os com oito em oito. A emoção deste grupo está na luta pelo 2º lugar: a Turquia foi à Bósnia sabendo que só a vitória interessava, para assim reduzir a diferença para um ponto, e continuar à espera de mais um deslize. Mas o 1-1 final mantém a desvantagem turca em 4 pontos, e entrega aos bósnios (que precisam apenas de 3 pontos, e vão defrontar a Estónia na próxima jornada) um bilhete para o play-off.



Um dos desfechos mais dramáticos desta qualificação europeia passou-se no grupo 9, o tal que tinha menos uma equipa: a Holanda já estava qualificada (sete vitórias em outros tantos jogos) e deslocava-se a Glasgow para defrontar uma Escócia que apenas precisava de um empate para garantir o 2º lugar. Mas não estava escrito: a Noruega garantiu os três pontos que precisava, frente à Macedónia, logo aos 25', e a Holanda marcou o seu golo a oito minutos do fim, terminando o apuramento só com vitórias, e empurrando os escoceses para 3º, ultrapassados (na diferença de golos) pelos noruegueses. Refira-se que após as primeiras cinco jornadas (de um total de oito), a Noruega seguia com 2 pontos e a Escócia com 7: depois veio o 4-0 em Oslo e tudo começou a mudar.



Mas o prémio de «maior galo da noite» vai para José Peseiro. A Arábia Saudita podia ter garantido o apuramento para o mundial quando recebeu a Coreia do Norte, na última jornada da fase regular, mas apesar de terem estado todo o jogo a tentar marcar, não foram além de um nulo. Agora, um outro nulo trazido do Bahrain, no play-off, criava o mesmo cenário: o 1-0, ou qualquer outra vitória, chegava. O golo saudita apareceu, mas perto do intervalo o Bahrain empatou. A 2ª parte foi um longo desfilar de passes errados e concretizações desastradas, até que no início do período de descontos, Al Montashari fez o 2-1 que fez (quase) todo o estádio entrar em delírio. Por dois minutos apenas, já que o Bahrain respondeu de imediato, e na sequência de um canto, Latif cabeceou para fazer entrar a bola junto a um poste que inexplicavelmente não tinha junto a si um jogador saudita. O 2-2 final marca um encontro entre a Nova Zelândia e o Bahrain, numa nova eliminatória a duas mãos, que vale um bilhete para a África do Sul.

2 comentários:

antónio disse...

veja em http://emintervalo.blogspot.com/

saudações da equipa emintervalo

David Caetano disse...

A Hungria nunca teve futebol para lutar pelo apuramento. Tiveram sim um calendário inicialmente favorável mas que agora entra na sua fase mais difícil com os jogos contra Portugal, Suécia e Dinamarca, todos seguidos.

Agora é ver o que acontece entre Dinamarca e Suécia (iremos ter outra "concordata" entre os escandinavos?) e o que Portugal faz diante do seu público no jogo com a Hungria...